quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Trabalhar com uma imensa felicidade.

O meu despertar diário-monótono é entediante (q.b.). Nestes dias, confesso que me esqueci de comprar o leite meio-gordo do Continente e tenho encontrado nos iogurtes da senhora que me ajuda a pagar as contas lá por casa a alternativa ideal. Bom, ideal seria gostar de iogurtes, mas não. Depois segue-se o banho na temperatura máxima e mesmo assim não é suficiente. Carro, metro e trabalho. O único cenário que me poderia consolar agora, uma vez que me encontro na difícil actividade laboral, era este e a acontecer no próximo minuto:

Entrarem alguns bons amigos pela porta e:

1 Servirem-me umas caipirinhas.
2 Fornecerem-me pólen.
3 Haver uma playstation para um toneio de PES.
4 Oferecerem-me um chocolate preto.


Acho que não precisava de mais nada…

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Analogias

Acabei de fazer uma sopa que automaticamente me faz lembrar caca de bebé - que, como podem imaginar, não ajuda na vontade de a ingerir. A pergunta é, uma vez que não tenho criança: os bebés cagam verde??

Pombinhos

Se porventura houve alguém que tenha dado pela minha falta fique sabendo que eu continuo aqui sentada no banco de jardim a contemplar a vida que passa e os passarinhos. Ainda hoje, embrenhada nesta minha atenta observação do mundo, dei com, não um, mas, dois pares de pombos, em alturas e lugares diferentes, juntinhos num amoroso aconchego, quais casais no auge do enamoramento, a debicarem-se carinhosa e mutuamente num jogo de sorrisos, fazendo jus à expressão pombinhos (ou isto foi apenas a minha imaginação sequiosa de romance e vai na volta estavam apenas a desparasitar-se). Tal pormenor e coincidência, perante o meu já usual derretimento lamechas, assemelhou-se-me inicialmente a uma afronta da vida, a lembrar-me que até os bichinhos têm aquilo que eu não tenho – uma cabal e atroz prepotência do meu ego humano que se acha mais forma de vida que as restantes – não fosse eu entretanto lembrar-me que, além de eles caírem à minha volta que nem tordos e não deixar de ser alvo dos olhares de cobiça masculinos mesmo nos dias em que me sinto menos atractiva, até arranjei moçoilo para me distrair. Não me parece é muito bom agoiro este meu momentâneo esquecimento, conquanto pudesse justificar tal facto com a distância e outras quantas coisas que não interessa trazer a lume, nem a outro sítio qualquer. Fico entretanto aqui a pensar, como tantas vezes antes, e outras tantas depois, reconfortantemente encostada neste meu acolhedor banco de jardim, se não passo de uma lírica a desejar uma relação onírica e a tentar alcançar o impossível, fadando-me assim à sentimentalmente inóspita condição de tia solteirona.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Chamada

Eu cá não sou muito de modas. Sou mais de fases. Fases até ao enjoo, até não poder mais. Fases sob fases sob fases. Fases em que (quase) só oiço aquele cd, que (quase) só faço aquele cozinhado, que (quase) só uso aqueloutro acessório. Consoante dá a vontade. Sofregamente até à exaustão. Como se a ânsia de sorver vida se materializasse naquelas pequenas obsessivas paixões. (…hmmm…para quê sessões de psicanálise quando temos à mão a auto-análise?)
Mas voltando às modas, custa-me a entender a adesão massiva a vários e determinados produtos e serviços vendidos. Eu sei que devemos ser tolerantes para os nossos semelhantes e não censurar os gostos alheios. Afinal cada um tem os seus. Contudo há momentos, para mim repulsivos, em que nem sempre consigo manter-me tão racional e que me levam ao mais genuíno e sentido asco. Por muito que me tente controlar é mais forte do que eu.
Ontem ao telefonar para uma ex-colega de curso dou por mim a saltar da cadeira quando do telemóvel sai o execrável som em formato canção intitulado Poeira e cujo nome da cantora não me recordo. Nem faço questão de me recordar, que deus me salve e guarde de tal suplício. Se já me custa a entender porque raio é que alguém nos dá música quando não nos atende – até parece que estão a gozar o pessoal “olha ouve aí uma musiquinha enquanto esperas que sempre te vais distraindo ó palhaço!” – fica muito para lá da minha compreensão porque é que nos hão-de torturar selvaticamente com as suas escolhas musicais.
E se tal episódio já havido sido suficientemente estranho no meu dia - que tais desagradáveis acontecimentos não têm por hábito acontecer-me, graças a deus (gosto de praguejar) - como ela não me atendeu decidi telefonar a um outro ex-colega, que, espante-se, tinha igualmente a irritante musiquinha de espera (sendo neste caso Jack Johnson, vá lá) que à medida que avança, substitui de forma inexorável a vontade de saudar efusivamente o nosso interlocutor pela vontade de injuriá-lo violentamente. É que para mim nada se iguala ao confortável som dos precisos toques sonoros intercalados pelos silêncios expectantes. E isso não quero que me tirem.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

A+B+C+D+E+F+G+H = amor/ódio.

Por A+B, tentava explicar-lhe a razão. Por C+D, tentava ela explicar-me a mim. Depois eles: E+F e G+H. Tínhamos diferentes razões para entender a razão. Ingerida uma a uma, como quem toma comprimidos de cores variadas com intuito de ansiar posterior efeito clínico. A+B+C+D+E+F+G+H = amor/ódio. Todavia, A+E = paixão e D+H = encantamento. Fórmulas, umas atrás das outras. Pura e demente experimentação no laboratório da derme.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Insulto gratuito a Anäk

Mal li o teu post, comecei a rodar a cabeça em movimentos descoordenados e perversos. Olhei para a minha colega nº2 e fiquei com vontade de lhe rodar o pescoço até ao estalar da sua não-vontade de se finar. Mas tomei o comprimido para o relaxamento dos nervos. Quem é dos subúrbios, especialmente se forem próximos de alguns spots criminosos, a coisa não é encarada com leveza. Bom, vê se ganhas tino senão eu dou cabo do banco a pontapé.

Para tal, 5 passos muito simples:

1- Em vez de branco, o layout tornar-se-á rosa baço.
2- Mudo o teu nick para convencida-torcida-comó-raio
3- Em vez do banco, coloco um pénis erecto
4- Tiro-te a opção de administradora do blog
5- Parto-te os dedinhos da mão que, não desfazendo, são bem bonitinhos!

Rapidinha

Cúmulo do azar é ficar fechada dentro de um elevador e não ter ninguém a quem dar uma valente queca (isto para não escrever foda – o que por sinal acabei de escrever – não vá ferir susceptibilidades alheias, que uma senhora não profere impropérios e tal, mas eu também não faço questão de o ser, pois não, e não há nada como saborear uma boa caralhada na boca – atente-se que esta minha excelsa frase, só exequível neste meu fantástico cérebro, lançou-me vertiginosamente em semânticas areias movediças…hmmm…vou ali perder-me em pensamentos fálicos, ora com sua licença, a gente já volta a arfar)


P.S.: Se não for eu a abandalhar isto, trazendo um pouco de colorido e vida, está visto que o meu ocioso comparsa de banco de jardim deixa este blog fadado ao chilrear dos passarinhos, piu piu, e às bucólicas paisagens verdejantes, que por muito bonitas que sejam tornam-se entediantes ao fim de 5 minutos. Não tarda estou a jogar sueca. E se é para me dedicar aos jogos ao menos que sejam os sexuais. (afinal a rapadinha foi longuinha…é que para as coisas boas da vida há sempre tempo)

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Mode: Repeat

Here is a plea
From my heart to you
Nobody knows me
As well as you do
You know how hard it is for me
To shake the disease
That takes hold of my tongue
In situations like these

Depeche Mode - Shake the Disease

Esta é para ti que és o maior cego de todos. Conquanto aquela frase ali que diz que ninguém me conhece como tu não se coadune muito com a realidade. Aparentemente nunca fizeste grande esforço para me conhecer mesmo. A fundo. E quanto a saberes o quão difícil é para mim soltar a língua num almejado desabafo que por certo me aliviaria e libertaria a alma, tenho igualmente as minhas sinceras dúvidas…

Foda-se! Afinal esta música não se adequa nada a ti!