terça-feira, abril 10, 2007

Passa Tempos

Estou aqui sentada no sossego que a função pública me dá em detrimento do material que necessito para trabalhar (e depois querem produtividade, dizem eles), a pensar com os meus botões, perdão, com o meu único botão (e vai daí é mais que um se pensarmos no sentido figurado…) que devia escrever qualquer coisa, porém nada me assoma a cabeça. Quer dizer, escrever até escrevo, mas é ali ao lado no messenger, em conversas tresloucadas, enquanto a net não vai abaixo, porque net de função pública é uma merda e ainda falam eles – sendo o eles uma só e única entidade merdosa indefinida - em Simplex , ah pois sim, está-se mesmo a ver, e eu hei-de cá estar para me rir até asfixiar. Assim como assim, e já que me pagam para fazer pouco, sempre me divirto. Olé!

segunda-feira, abril 09, 2007

Figurinhas

O problema de se ouvir repetida e ininterruptamente os mesmos álbuns, cujas músicas se adoram, num dispositivo portátil e com recurso a headphones, é que às páginas tantas deixa-se de mover apenas os lábios à laia de acompanhar a letra, para passar a emitir sons concretos e audíveis - e que no meu caso devem aproximar-se horripilantemente a grunhidos - da maneira mais descontraída possível como se porventura eu não me encontrasse em plena artéria citadina/meio de transporte público/estabelecimento comercial/outro sitio qualquer com audiência e não houvesse ali mais ninguém ao lado (às vezes não há mesmo, graças a deus!), conseguindo assim o meu querido e eterno sonho de infância que é ser identificada como louca e ser internada num estabelecimento de saúde psiquiátrico (hospício é uma palavra muito forte, e a negação é uma das maiores virtudes humanas).

Às bombas, um obrigado por tudo!

Quando decidimos fazer uma paragem numa bomba, há sempre entusiasmo para comprar um donuts com cobertura de chocolate, ir ao WC esvaziar os testículos, comprar uma revista e repousar por 15 minutos no carro com a devida sombra de árvore. É então que nos apercebemos que ainda temos mais umas quantas horas de viagem. Apesar de um café e um simples croissant misto nos custar mais de 3 euros no bar/restaurante, a verdade é que as bombas são de uma extrema importância para quem de sangue viandante. Queria eu dizer com isto tudo que, ainda melhor do que as bombas da A1, são aquelas que vão explodindo nos lugares certos às horas exactas. Mas isso é discutir política/crenças e sempre que o faço, faço-o com um extremismo verdadeiramente assustador. Quero apenas ser pragmático, racional e não um vulgar anti qualquer coisa a rimar com "ita" ou com "ush".

sexta-feira, abril 06, 2007

O que faz falta

O melhor que pode acontecer para aniquilar um sentimento é, ao abrir os olhos, descobrir que o príncipe afinal não passa de um sapo desengonçado e desencantado - fraca figura, ‘tadinho - de meter dó de tão ridículo que chega a ser nos seus estratagemas que têm como único e primordial intuito inchar-lhe o ego, a que eu, na minha insegura cegueira, dei importância julgando serem reflexo de uma atenção e de um interesse que somente existiu em mim. Assoma-me à cabeça a estupefacção e a indignação por ter caído em tal cantiga – afinal ainda és uma burrinha, valha-me deus rapariga que assim não vais a lado nenhum – e pergunto-me como fui capaz de despender tempo e energia com uma pessoa assim. Não que a pessoa em si seja uma merda completa, um poço sem fundo de defeitos, ou coisa que o valha. Eu cá sou apologista que ninguém é completamente bom ou mau, e eu própria não sou flor que se cheire (errr…quer dizer…por acaso até se cheira bem…já me cheiravam…cof cof…esta tosse não me larga, que chatice!). O que não se encontra muito por aí é maturidade sentimental. E isso, meus senhores, é o que mais vos(nos) falta.

Idas e voltas

Voltei voltei
Voltei de lá
Aind'agora estava em França
E agora já 'tou cá


(nunca se sabe ao certo é quando é que volto para lá...)


(a lembrar esse nome mítico da música popular portuguesa, vulgo MPP, e que agora não me ocorre à lembrança)