terça-feira, abril 10, 2007

Passa Tempos

Estou aqui sentada no sossego que a função pública me dá em detrimento do material que necessito para trabalhar (e depois querem produtividade, dizem eles), a pensar com os meus botões, perdão, com o meu único botão (e vai daí é mais que um se pensarmos no sentido figurado…) que devia escrever qualquer coisa, porém nada me assoma a cabeça. Quer dizer, escrever até escrevo, mas é ali ao lado no messenger, em conversas tresloucadas, enquanto a net não vai abaixo, porque net de função pública é uma merda e ainda falam eles – sendo o eles uma só e única entidade merdosa indefinida - em Simplex , ah pois sim, está-se mesmo a ver, e eu hei-de cá estar para me rir até asfixiar. Assim como assim, e já que me pagam para fazer pouco, sempre me divirto. Olé!

segunda-feira, abril 09, 2007

Figurinhas

O problema de se ouvir repetida e ininterruptamente os mesmos álbuns, cujas músicas se adoram, num dispositivo portátil e com recurso a headphones, é que às páginas tantas deixa-se de mover apenas os lábios à laia de acompanhar a letra, para passar a emitir sons concretos e audíveis - e que no meu caso devem aproximar-se horripilantemente a grunhidos - da maneira mais descontraída possível como se porventura eu não me encontrasse em plena artéria citadina/meio de transporte público/estabelecimento comercial/outro sitio qualquer com audiência e não houvesse ali mais ninguém ao lado (às vezes não há mesmo, graças a deus!), conseguindo assim o meu querido e eterno sonho de infância que é ser identificada como louca e ser internada num estabelecimento de saúde psiquiátrico (hospício é uma palavra muito forte, e a negação é uma das maiores virtudes humanas).

Às bombas, um obrigado por tudo!

Quando decidimos fazer uma paragem numa bomba, há sempre entusiasmo para comprar um donuts com cobertura de chocolate, ir ao WC esvaziar os testículos, comprar uma revista e repousar por 15 minutos no carro com a devida sombra de árvore. É então que nos apercebemos que ainda temos mais umas quantas horas de viagem. Apesar de um café e um simples croissant misto nos custar mais de 3 euros no bar/restaurante, a verdade é que as bombas são de uma extrema importância para quem de sangue viandante. Queria eu dizer com isto tudo que, ainda melhor do que as bombas da A1, são aquelas que vão explodindo nos lugares certos às horas exactas. Mas isso é discutir política/crenças e sempre que o faço, faço-o com um extremismo verdadeiramente assustador. Quero apenas ser pragmático, racional e não um vulgar anti qualquer coisa a rimar com "ita" ou com "ush".

sexta-feira, abril 06, 2007

O que faz falta

O melhor que pode acontecer para aniquilar um sentimento é, ao abrir os olhos, descobrir que o príncipe afinal não passa de um sapo desengonçado e desencantado - fraca figura, ‘tadinho - de meter dó de tão ridículo que chega a ser nos seus estratagemas que têm como único e primordial intuito inchar-lhe o ego, a que eu, na minha insegura cegueira, dei importância julgando serem reflexo de uma atenção e de um interesse que somente existiu em mim. Assoma-me à cabeça a estupefacção e a indignação por ter caído em tal cantiga – afinal ainda és uma burrinha, valha-me deus rapariga que assim não vais a lado nenhum – e pergunto-me como fui capaz de despender tempo e energia com uma pessoa assim. Não que a pessoa em si seja uma merda completa, um poço sem fundo de defeitos, ou coisa que o valha. Eu cá sou apologista que ninguém é completamente bom ou mau, e eu própria não sou flor que se cheire (errr…quer dizer…por acaso até se cheira bem…já me cheiravam…cof cof…esta tosse não me larga, que chatice!). O que não se encontra muito por aí é maturidade sentimental. E isso, meus senhores, é o que mais vos(nos) falta.

Idas e voltas

Voltei voltei
Voltei de lá
Aind'agora estava em França
E agora já 'tou cá


(nunca se sabe ao certo é quando é que volto para lá...)


(a lembrar esse nome mítico da música popular portuguesa, vulgo MPP, e que agora não me ocorre à lembrança)

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Trabalhar com uma imensa felicidade.

O meu despertar diário-monótono é entediante (q.b.). Nestes dias, confesso que me esqueci de comprar o leite meio-gordo do Continente e tenho encontrado nos iogurtes da senhora que me ajuda a pagar as contas lá por casa a alternativa ideal. Bom, ideal seria gostar de iogurtes, mas não. Depois segue-se o banho na temperatura máxima e mesmo assim não é suficiente. Carro, metro e trabalho. O único cenário que me poderia consolar agora, uma vez que me encontro na difícil actividade laboral, era este e a acontecer no próximo minuto:

Entrarem alguns bons amigos pela porta e:

1 Servirem-me umas caipirinhas.
2 Fornecerem-me pólen.
3 Haver uma playstation para um toneio de PES.
4 Oferecerem-me um chocolate preto.


Acho que não precisava de mais nada…

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Analogias

Acabei de fazer uma sopa que automaticamente me faz lembrar caca de bebé - que, como podem imaginar, não ajuda na vontade de a ingerir. A pergunta é, uma vez que não tenho criança: os bebés cagam verde??

Pombinhos

Se porventura houve alguém que tenha dado pela minha falta fique sabendo que eu continuo aqui sentada no banco de jardim a contemplar a vida que passa e os passarinhos. Ainda hoje, embrenhada nesta minha atenta observação do mundo, dei com, não um, mas, dois pares de pombos, em alturas e lugares diferentes, juntinhos num amoroso aconchego, quais casais no auge do enamoramento, a debicarem-se carinhosa e mutuamente num jogo de sorrisos, fazendo jus à expressão pombinhos (ou isto foi apenas a minha imaginação sequiosa de romance e vai na volta estavam apenas a desparasitar-se). Tal pormenor e coincidência, perante o meu já usual derretimento lamechas, assemelhou-se-me inicialmente a uma afronta da vida, a lembrar-me que até os bichinhos têm aquilo que eu não tenho – uma cabal e atroz prepotência do meu ego humano que se acha mais forma de vida que as restantes – não fosse eu entretanto lembrar-me que, além de eles caírem à minha volta que nem tordos e não deixar de ser alvo dos olhares de cobiça masculinos mesmo nos dias em que me sinto menos atractiva, até arranjei moçoilo para me distrair. Não me parece é muito bom agoiro este meu momentâneo esquecimento, conquanto pudesse justificar tal facto com a distância e outras quantas coisas que não interessa trazer a lume, nem a outro sítio qualquer. Fico entretanto aqui a pensar, como tantas vezes antes, e outras tantas depois, reconfortantemente encostada neste meu acolhedor banco de jardim, se não passo de uma lírica a desejar uma relação onírica e a tentar alcançar o impossível, fadando-me assim à sentimentalmente inóspita condição de tia solteirona.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Chamada

Eu cá não sou muito de modas. Sou mais de fases. Fases até ao enjoo, até não poder mais. Fases sob fases sob fases. Fases em que (quase) só oiço aquele cd, que (quase) só faço aquele cozinhado, que (quase) só uso aqueloutro acessório. Consoante dá a vontade. Sofregamente até à exaustão. Como se a ânsia de sorver vida se materializasse naquelas pequenas obsessivas paixões. (…hmmm…para quê sessões de psicanálise quando temos à mão a auto-análise?)
Mas voltando às modas, custa-me a entender a adesão massiva a vários e determinados produtos e serviços vendidos. Eu sei que devemos ser tolerantes para os nossos semelhantes e não censurar os gostos alheios. Afinal cada um tem os seus. Contudo há momentos, para mim repulsivos, em que nem sempre consigo manter-me tão racional e que me levam ao mais genuíno e sentido asco. Por muito que me tente controlar é mais forte do que eu.
Ontem ao telefonar para uma ex-colega de curso dou por mim a saltar da cadeira quando do telemóvel sai o execrável som em formato canção intitulado Poeira e cujo nome da cantora não me recordo. Nem faço questão de me recordar, que deus me salve e guarde de tal suplício. Se já me custa a entender porque raio é que alguém nos dá música quando não nos atende – até parece que estão a gozar o pessoal “olha ouve aí uma musiquinha enquanto esperas que sempre te vais distraindo ó palhaço!” – fica muito para lá da minha compreensão porque é que nos hão-de torturar selvaticamente com as suas escolhas musicais.
E se tal episódio já havido sido suficientemente estranho no meu dia - que tais desagradáveis acontecimentos não têm por hábito acontecer-me, graças a deus (gosto de praguejar) - como ela não me atendeu decidi telefonar a um outro ex-colega, que, espante-se, tinha igualmente a irritante musiquinha de espera (sendo neste caso Jack Johnson, vá lá) que à medida que avança, substitui de forma inexorável a vontade de saudar efusivamente o nosso interlocutor pela vontade de injuriá-lo violentamente. É que para mim nada se iguala ao confortável som dos precisos toques sonoros intercalados pelos silêncios expectantes. E isso não quero que me tirem.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

A+B+C+D+E+F+G+H = amor/ódio.

Por A+B, tentava explicar-lhe a razão. Por C+D, tentava ela explicar-me a mim. Depois eles: E+F e G+H. Tínhamos diferentes razões para entender a razão. Ingerida uma a uma, como quem toma comprimidos de cores variadas com intuito de ansiar posterior efeito clínico. A+B+C+D+E+F+G+H = amor/ódio. Todavia, A+E = paixão e D+H = encantamento. Fórmulas, umas atrás das outras. Pura e demente experimentação no laboratório da derme.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Insulto gratuito a Anäk

Mal li o teu post, comecei a rodar a cabeça em movimentos descoordenados e perversos. Olhei para a minha colega nº2 e fiquei com vontade de lhe rodar o pescoço até ao estalar da sua não-vontade de se finar. Mas tomei o comprimido para o relaxamento dos nervos. Quem é dos subúrbios, especialmente se forem próximos de alguns spots criminosos, a coisa não é encarada com leveza. Bom, vê se ganhas tino senão eu dou cabo do banco a pontapé.

Para tal, 5 passos muito simples:

1- Em vez de branco, o layout tornar-se-á rosa baço.
2- Mudo o teu nick para convencida-torcida-comó-raio
3- Em vez do banco, coloco um pénis erecto
4- Tiro-te a opção de administradora do blog
5- Parto-te os dedinhos da mão que, não desfazendo, são bem bonitinhos!

Rapidinha

Cúmulo do azar é ficar fechada dentro de um elevador e não ter ninguém a quem dar uma valente queca (isto para não escrever foda – o que por sinal acabei de escrever – não vá ferir susceptibilidades alheias, que uma senhora não profere impropérios e tal, mas eu também não faço questão de o ser, pois não, e não há nada como saborear uma boa caralhada na boca – atente-se que esta minha excelsa frase, só exequível neste meu fantástico cérebro, lançou-me vertiginosamente em semânticas areias movediças…hmmm…vou ali perder-me em pensamentos fálicos, ora com sua licença, a gente já volta a arfar)


P.S.: Se não for eu a abandalhar isto, trazendo um pouco de colorido e vida, está visto que o meu ocioso comparsa de banco de jardim deixa este blog fadado ao chilrear dos passarinhos, piu piu, e às bucólicas paisagens verdejantes, que por muito bonitas que sejam tornam-se entediantes ao fim de 5 minutos. Não tarda estou a jogar sueca. E se é para me dedicar aos jogos ao menos que sejam os sexuais. (afinal a rapadinha foi longuinha…é que para as coisas boas da vida há sempre tempo)

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Mode: Repeat

Here is a plea
From my heart to you
Nobody knows me
As well as you do
You know how hard it is for me
To shake the disease
That takes hold of my tongue
In situations like these

Depeche Mode - Shake the Disease

Esta é para ti que és o maior cego de todos. Conquanto aquela frase ali que diz que ninguém me conhece como tu não se coadune muito com a realidade. Aparentemente nunca fizeste grande esforço para me conhecer mesmo. A fundo. E quanto a saberes o quão difícil é para mim soltar a língua num almejado desabafo que por certo me aliviaria e libertaria a alma, tenho igualmente as minhas sinceras dúvidas…

Foda-se! Afinal esta música não se adequa nada a ti!

quarta-feira, janeiro 31, 2007

O meu. O teu.

Balancei-me para ver o teu vestido vermelho citadino. Consagrei o tempo à análise detalhada de todo o teu movimento. Do meneio das tuas ancas aos curvilíneos pormenores do teu corpo esvoaçante. O sorriso é matreiro e conheço-o: o meu. Suspiro o suficiente para evitar eclodir uma grave doença. Afinal, o jornal de hoje não traz tinta suficiente para me distrair do holograma que permanece na rua: o teu.

terça-feira, janeiro 30, 2007

E assim me lixaste

Caro Pedrusku

Tenho ganas de te esganar. Apertar lentamente o teu pescocinho, não para que obtenhas qualquer prazer sexual com isso (se é que tens dessas parafilias), mas para deliciar-me sadicamente enquanto te vejo asfixiar em agonia.
Graças a ti, e aos teus néscios comentários - o que também me lembra de te destruir a boca à tijolada - os meus novíssimos ténis perderam derradeiramente o ar nipónico, e por conseguinte peculiarmente fashion característico de terras de sol nascente, que eu lhes atribua, para passarem a ter um ar invariavelmente cabresco.
Por muito que olhe para baixo, não há modo de não sentir que passei a andar em cascos, que sou um ser diabolicamente híbrido, metade animal metade mulher, e que aquelas rachas interdigitais condensam todo o mais negro e profundo maquiavelismo do mundo e arredores.
É certo que sempre que me olhava ao espelho, ou num reflexo de uma montra - que eu cá, ou lá, ou em qualquer sítio, sou vaidosa que me farto – vislumbrava um ser demoniacamente tentador, mas porra, também não era preciso tanto!

A primeira e a segunda.

Há duas coisas que me irritam. E, note-se, que a primeira causa-me mais frenesim do que a segunda. Quer dizer, quando era mais novo, a segunda irritava-me mais do que a primeira. Mas depois fui crescendo e acabei por deixar a segunda ter mais peso do que a primeira. Não é que eu não goste da primeira e goste da segunda. Antes pelo contrário: a primeira coisa é bem diferente da segunda, mas se olharmos com atenção para as duas, a segunda tem algumas semelhanças com a primeira. E eu não sei o que estou a dizer, estou apenas a tentar postar com a máxima velocidade possível para depois ver no que dá este exercício marado...

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Ele não.

Passei. Ele não: foi atropelado. Quatro foram, no mínimo, as frenéticas cambalhotas que registei pelo retrovisor. Mirei-o com medo e ansiedade e, por algum motivo, parecia que a sua má sorte se processava lentamente.
- Passou? - perguntou-me.
Em má hora o fez. Percebi que não tinha escapado; apertei as armações do meu peito para suster a enorme tristeza que senti.
- Sim... sim, não te preocupes: o cabrão do cão safou-se.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Ai não, não queres…

Geralmente, as pessoas que acabam de perder a oportunidade de se sentarem comodamente num assento de um transporte público apinhado, isto porque algum marmanjo(a) se adiantou ao "assunto", dizem:
- Ai não, não quero… Passei o dia todo sentado(a)!
Não queres mas é o tanas!

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Hipersensibilidade

Alguém abriu as comportas dos meus sacos lacrimais... Puta que pariu o caralho dos desequilíbrios hormonais! Foda-se para esta merda!


(e não, não me sinto melhor)

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Um lugar ao sol

O frio é tanto que uma pessoa sente-se um animal vadio, sem eira nem beira e muito menos onde cair morto, à procura da mais ínfima que seja nesga de sol.
Há pouco só não arreganhei raivosamente os dentes e acossei um velhote que usufruía do únicos e parcos raios solares junto à paragem de autocarro, no que se podia transformar num violentíssimo e letal conflito físico, com orelhas arrancadas e arranhadelas profundas no meio de angustiantes ganidos, porque a rua em questão é suficientemente estreita para eu ter podido esperar confortavelmente no passeio oposto, usufruindo assim em todo o seu esplendor do toque caloroso do sol de cara levantada ao céu, como se fosse a mais profunda bênção. E enquanto isso, uma insolente vozinha interior, feita miúda reguila, e olhar de desdém, dizia: “Embrulha! Vai buscari! Tenho mais que tu! ehehehehe”.


Meu Zeus! Ao que uma pessoa chega quando lhe dá para a possessão…vou ali fazer um acto de contrição...

terça-feira, janeiro 23, 2007

Boas maneiras

Questiono-me se porventura passar a cumprimentar as pessoas com quem diariamente me cruzo na rua, e que de tanto as ver tornam-se familiares, chamar-me-ão de louca.
Há um casal em particular, com o qual simpatizo especialmente, talvez por lhes faltar aquele ar normaleco de quem está enfiado nos cânones da sociedade até ao pescoço, e cuja gravidez dela acompanhei, perante o qual o meu primeiro instinto é abrir-me numa saudação sorridente. Porém retraio-me sempre, que o mundo nunca nos ensinou a ser simpáticos para estranhos, e uma grande cidade não é uma aldeia, pois não, mas sempre nos ensinaram a ser bem-educados para os conhecidos. E é isso que eles são. E eu volto a questionar-me, desta feita porque não o faço, que não tem nada de mal, é apenas simpatia em estado puro, e eu gosto de acarinhar, e fico frustrada pela minha falta de coragem e pelo medo da reacção alheia.
Lembro-me de um rapaz que costumava ver a caminho do trabalho e que me cumprimentava religiosamente todo o santo dia. Julgo que me trespassou fugazmente a tal ideia de loucura, mas quem é este, e por muitas voltas que tenha dado à minha cabeça (em verdade foram só algumas), nunca consegui descobrir se o conhecia de algum lado. Sinceramente deixei de me importar com o assunto, pormenor de somenos importância, recebendo e retribuindo naturalmente o cumprimento matinal, no que passou a ser um atencioso ritual diário de boa disposição. Não sei se apenas sorriamos, ou se falávamos, já não me recordo, que as lembranças esbatem-se, mesmo as mais cândidas, mesmo as que guardamos com mais carinho, contudo era dos momentos mais descontraídos e verdadeiros do dia. E eu gostava. Muito.

Repetição

Pergunto-me quantas vezes é humanamente possível ouvir uma música sem a enjoar de morte…

...em mim tudo é maior...
(e continua a cantá-la, e continuo a cantá-la, e continuo a cantá-la...)
...hoje o desejo amanhã nasce o ódio em mim...
(e daí talvez não)

Contra-vontade.

O meu pai insistiu para tirar um curso como, se de facto, fosse a minha salvação: nota-se, está à vista! A minha mãe sempre quis que eu não andasse a distribuir pancada em todos os putos que me revoltassem: ainda hoje tenho alguns atritos com gente tacanha (mais verbais). O meu irmão propôs que eu, tal como ele, se formasse em música: basicamente, tornei-me num executante vergonhoso. A minha avó paternal, a qual não me via assim com tanta frequência, confessava aos meus pais: “Tenho impressão que ele é homossexual”. A minha namorada de então tinha graves problemas de equilíbrio psíquico: soube mais tarde que acabou por ser encaminhada ao tratamento devido. Assim, julguei que era como ela: extraordinariamente meigo, mas louco, atrofiado e marado dos cornos. A determinada altura e atendendo a estes desgostos e “puxares” de contra-vontade, comecei a isolar-me numa individualidade própria de quem não quer incomodar os outros. A bem da minha paz, o efeito resultou. Todavia, comecei a sentir-me muito só e inverti a situação. Mesmo assim, pergunto-me muitas vezes o porquê (ainda!) dos resquícios: “Foda-se, o que faço eu aqui sozinho quando o pessoal está todo a conviver lá dentro?”

domingo, janeiro 21, 2007

Vergonhoso

Tenho que perder o hábito, aquando alcoolizada, de adormecer e babar-me no carro das pessoas que me transportam para casa.
Principalmente se isso acontecer a meio de uma conversa.


Apontamento completamente desnecessário (etiquetagem que se aplica facilmente a tudo o que escrevo): enquanto estávamos sentados no carro estacionado defronte do hotel que se situa do lado oposto da rua do prédio onde vivo, na tagarelice entrecortada pela minha sonolência etílica, sai de um táxi, que entretanto ali parou, o tipo que participou num dos últimos reality shows do execrável canal 4 e que fingiu ser milionário, com o típico semblante de fim de noite regada e puxada e de quem precisa de umas belas horas de sono; e eu penso que o rapazote tem uma estatura bem menor do que aparentava, que isto da imagem televisiva engana sim senhora, e pergunto-me onde é que está a gaja, porque tenho esta vaga ideia de ter lido nos tablóides que ele tinha ficado com ela, e especulamos se o bêbedo acompanhante que vomitou à saída do táxi e mais uma vez à entrada do hotel - coisa vergonhosa, começo a pensar para logo dizer cala-te boca que já andaste a fazer figuras parecidas, não hoje, não foi o caso, só adormeci a meio da conversa – é porventura o namorado e o tipo afinal é gay, e agora que olho para a rua indago-me se o bólide desportivo que está ali estacionado foi o preço pago pela alma dele.

Comentário/Post à "Tortura" de Anäk

Ok, vou-me deitar porque já tenho sono. Só que no momento em que me preparava para um último comentário ao post de Anäk, vi uma oportunidade absolutamente fantástica para escrever o texto mais miserável da minha vida enquanto bloguista (blogueiro, blogger ou qualquer outra definição mais pertinente). Sem mais demora, aqui vai:

Quando era bem mais criança do que sou hoje, comprei numa sexshop uma brilhante película, intitulada: As Taradas do Norte (ou qualquer coisa assim). Tinham as caras e corpos mais horripilantes que já tinha visto desde a minha precoce idade masturbatória! Porém, e agora que reflito sobre o post de merda que fiz, recordo que, em teenager, andei nuns 'amassanços' com uma rapariga de Fafe; isto, após uma noite indelével numa discoteca pior que a mais miserável tasca alfacinha que possamos imaginar! Todavia, a rapariga era bem concebida e fazia jus à verdadeira condição da mulher nortenha.

Coincidência? Não. (Uma minúscula teoria)

A propósito disto:

- Sabes quem é que eu vi no outro dia no Colombo?
- Não sei(?)...
- A Sara. Lembras-te? Foi aquela que me fodeu a cabeça toda.
- Foda-se, grande coincidência! Já não a vias há anos!
- Grande coincidência? Não.

Só por esta razão que expresso numa minúscula teoria:

Não acho que existam coincidências! Se estiver num grande espaço comercial, provavelmente estarão lá 10 ou mais pessoas que conhecerei de vista. Isto facilitará em termos percentuais o meu encontro com qualquer um deles. E o que direi então? "Meu Deus, que coincidência divina?!" ou "Como é possível encontrar-te aqui após tanto tempo?".

De uma forma lógica, simplifico um dos enredos redundantes do esoterismo e afins e poupo a cicatriz já aparentemente sarada do meu cérebro .

A puta da dislexia

E depois de tantos anos, e depois de tantas leituras e tanta escrita, continuo com a ligeira dislexia, se é que isso existe, que me foi diagnosticada, ou coisa parecida, pelo psicólogo a que os meus pais me levaram quando ainda frequentava a primária e que, por muito estranho que me pareça, é das recordações mais vívidas da minha infância (só não entendo porque é que não me voltaram a levar lá…). Um dia destes ouvi na televisão qualquer coisa como dislexia posicional, e eu bem que me lembro de ver televisão de pernas para o ar, mas vai na volta isso era devido ao astigmatismo, ou então já era a minha veia torcida a revelar-se.
O que sei é que continuo a escrever uma coisa e a ler outra, que continuo a trocar os vês pelos éfes, e os cês hagás pelos jotas, e vice-versa, trocas e baldrocas que me valeram tantas palmadas no rabo - ó pai isso não se faz, afinal tenho apenas um pequeno defeito de fabrico, a culpa não é minha, juro - e por vezes são sílabas inteiras que mudam de sítio, e eu não gosto, pois não. Chiça penico para esta merda!

(isto tudo a propósito de no post anterior ter escrito enviar-ma ao invés de enfiar-ma. como se enviasse alguma coisa goela abaixo! e daí...pensando bem no assunto…se for tipo jacto…)

sábado, janeiro 20, 2007

Os ares que lhes dão

Como se não me bastasse o merceeiro da esquina, cruzado com presuntinho da Régua, com aquele ar anafadinho de tez rosácea e feição abrutalhada que ninguém lhe consegue tirar, olhar-me de modo gulosamente lascivo, com todas as implicações advindas do facto de me oferecer amiúde fruta e quase enfiar-ma goela abaixo, não aceitando um não como resposta, agora sou igualmente alvo de atenção cerrada do novo ajudante que invariavelmente me faz lembrar, por muitas voltas que dê, a personagem principal de um livro que li ainda miúda, que a minha mãe tinha lá por casa, intitulado Tim, e que padecia de um deficit de inteligência. Mas isso talvez se deva ao ar alegremente aparvalhado que traja cada vez que me vê…

Tortura

Numa autêntica provocação, e a testar as minhas forças, ou não fosse eu o novo messias, abriu uma sex shop no meu caminho casa-trabalho-casa, o que, tendo em conta o deserto fálico por que atravesso, é uma provação sem igual.
Ele é lingerie na montra, e, pasme-se, ao contrário do que é habitual, coisas giras, sim senhora, nada daquelas com ar ordinariamente barato a tresandar a putedo de fim de linha, ele é correias em cabedal, e ele é, num relance para o interior da loja, uma multidão agitada de amiguinhos com pilhas. E os meus olhos esbugalham-se a sorrir, e eu só penso em ser amarrada, e eu desejo transformar-me num irresistível embrulho de oferta – para ser excitadamente desembrulhada, e eu sigo assim de respiração entrecortada, e eu perco-me em memórias arquejantes e lembro-me do que não devo…

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Outrora, o amor circulante.

Entre as chávenas de café e as beatas espalhadas na mesa do Cunhas, circulávamos a ganza, a poesia e a música até à irresponsabilidade das horas. Quando te vi no meio de tanto fumo, no teu fato macaco e com meneios de maria-rapaz, o meu coração saiu disparado do peito e caiu em convulsão nas tuas mãos. Quis tirar-te daquele antro de boémia e estender-me contigo num descampado verdejante. E, numa toalha vermelha axadrezada, rejubilar-me ao acarinhar a tua gula com os meus frutos silvestres.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Coincidências (ou A saga continua)

O que pensar quando a quem estamos a digitar uma mensagem nos telefona e, em virtude de termos saído do modo texto mas continuarmos a carregar na tecla, ficar no ecrã do telemóvel o número da besta?

Será o demo a fazer-se de amigo? E serei eu o novo messias?
(de vez em quando dá-me para a megalomania...)

Xixi Cocó na televisão...

O Xixi Cocó tinha um atraso mental. Conheci-o em miúdo e sabia que gostava de apalpar todas as raparigas. Rejubilava aquando do toque dos seus dedos descoordenados nas mamas rijas próprias das adolescentes. Mas isso também eu gostava – ai caramba se gostava! De vez em quando, lá se via o Xixi Cocó a fugir dos namorados das moçoilas e, outras vezes de vez em quando, também se via o Xixi Cocó com um olho roxo ou com o braço ao peito. A minha mãe, professora do primeiro ciclo – isto, desde o momento que a conheci naquele episódio embaraçoso e pouco dignificante da minha vida (o nascimento que pôs fim ao fardo de estar prenha, é claro!) -, dava aulas na avenida. Um belo dia teve a perspicácia de olhar para janela e lá estava ele: o Xixi Cocó defronte das janelas principais. Lentamente, mas muito mais rápido do que a sua destreza em fechar os estores, o rapaz de atraso mental considerável desceu as calças. Enfim, o suficiente para ficar com o gigantesco “bacamarte” à mercê das avaliações de crianças imberbes. Por alguma razão, no meio de todo aquele protagonismo, ele gritava bem alto e sorridente para todos ouvirem, inclusivamente a minha mãe: “Xixi Cocó na televisão. Xixi Cocó na televisão” Uma verdadeira estrela do showbiz de quem nunca vim a saber o nome.

terça-feira, janeiro 16, 2007

E assim segue a vida

Ocasionalmente a minha vida assemelha-se a um filme de classe Z, tamanha é a sucessão de estranhos acontecimentos ocorridos. Isto à luz da minha demência fantasiosa, claro, ou não tivesse eu esta mania intrínseca de atribuir significados transcendentais - como se tal pudesse explicar a vida - a todos os mais ínfimos detalhes, incluindo a unha encravada que felizmente nunca tive. Estão, portanto, já avisados poupando-vos assim da consequente desilusão causada pelos desinteressantes acontecimentos a seguir relatados. Não esperem grande coisa.
Isto a propósito de no outro dia, estar eu preparada para levar as calças à costureira para as transformar naquilo que pode parecer aos olhos de muitos uns calções, ou seja, vulga bainha, quando oiço a campainha. Era a por mim sempre esquecida D. Fernanda a solicitar o contributo mensal pela periódica, e também esporádica, esfregadela às escadas cá do prédio.
Abro a porta. “Boa-tarde, ía mesmo agora sair e vou lá baixo levantar dinheiro”, digo eu mais uma vez culpabilizando-me mentalmente por não ter vergonha na cara e pela minha taralhouca irresponsabilidade, “ Não se preocupe, dá-me depois. Deixa no quiosque.”, diz ela enquanto interiormente, presumo eu, me desanca num chorrilho de impropérios (se fosse eu fazia-o!), “De qualquer modo tenho que sair”, remato eu. Pego no saco com as calças e fecho a porta atrás de mim e imediatamente entro num estado febril de catatonia quando me apercebo que não tenho comigo a chave de casa.
Depois de ter passado por todas as cores possíveis e imagináveis, incluindo a fantástica e não menos famosa cor-de-burro-quando-foge-mas-o-que-é-que-eu-faço-agora-meu-deus-que-eu-entro-em-pânico, e depois de ponderar chamar os bombeiros e assim ter alguma adrenalina na minha vida, a simpatiquíssima mas por mim esquecida D. Fernanda sugere-me que vá ao chaveiro da rua. Bem-dita senhora! Foi assim que assisti em primeiro mão, o que não é para todos, ao arrombamento da minha porta de casa. A maioria nunca assiste a este delicado processo. Já encontra a porta arrombada.
Escusado será dizer que toda eu irradiei luz de alívio e que até as orelhas sorriram ao ouvir aquele deífico som da porta abrir. Segui então para a rua, cantando e rindo qual Julie Andrews em Música no Coração, com um dos propósitos que me tinha feito sair de casa para me deparar com a porta fechada da costureira. Azar. É por esta altura que uma qualquer engrenagem dentro de mim ganha movimento e eu começo a especular um futuro cataclismo, e espero a qualquer instante ser abalroada por um camião TIR. Isso, ou ir contra um poste.
Mas não. O que sucedeu a seguir, no supermercado, foi no mínimo para mim inédito. Ao chegar à caixa, a quantia a pagar era exactamente, sem tirar nem pôr, a quantia de dinheiro que tinha comigo: 3,43€. E pela primeira vez, desde que a minha mãe ma ofereceu, a minha carteirinha de pelúcia rosa-choque, ficou completamente vazia. Nada. Niente. Nem um cêntimo. Zero. E eu senti-me, com não sentia há muito, estranha e profundamente liberta. E segui flutuando...

(poderia agora dissertar como o dinheiro nos monopoliza e escraviza, contudo penso que estamos todos cientes disso. ou não?)

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Pedro e a sua veia psycho.

Sim, é verdade e foi horripilante ouvi-lo confessar a sua veia psycho! Estacionados à porta da entrada do seu prédio, onde Pedro partilha a companhia da sua companheira, os ponteiros já batiam na uma e tal da manhã (isto, num dia destes...) e o mesmo surge de forma imprevista, assim: "Sabes Jörf, às vezes tenho vontade de tapar-lhe a cara com a almofada e depois cortá-la às postas..." Pensei ainda que, se a miúda tem tendências suicidas, viria um outro plano mais sofisticado... e veio (meu Deus!). Diz-me, então, "conheces a ressaca de MD? Bom, tenho a certeza que se lhe oferecer, ela vai sentir-se tão deprimida ao ponto de querer cortar os pulsos, saltar da janela ou tomar comprimidos em demasia!" Em nome do equilíbrio relacional, só tive mesmo vontade de rir desalmadamente e ri. Acho que ele retomou o tino ao perceber a minha resposta! Estou de parabéns: salvei uma vida!

sábado, janeiro 13, 2007

(Ir)responsável.

Um filho lírico e outro irresponsável. Devo ser a segunda opção. Ainda me falta um bocadinho assim para assumir a primeira. Tudo pelo simples facto de contestar a vida que levo. Encontro, então, e junto dos meus amigos, a tal irresponsabilidade que me faz feliz. A saber, fumar e jogar playstation doentiamente (Milagres) e discutir com o meu companheiro das longas conversas filosóficas (Pedro) as incongruências maradas da vida. Tento ler os livros de outros insatisfeitos (Cossery, Orwell, Wallace, Reis, Huxley), olhar a tela de quem a faz de outra forma (Jeunet, Kar Way, Besson), fotografar e procurar a boa índole nas pessoas que abraço há anos e, também, naquelas que acolhi há meses. Pai, a minha maior (ir)responsabilidade é apenas querer viver contente e ver esse desejo naqueles que me ajudam a rir de uma coisa tão enfadonha: a monotonia demasiadamente séria do dia-a-dia.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Presente-para-o-futuro-para-o-passado.

Tenho uma séria preocupação com minhas as vivências decorridas na infância e adolescência. Pergunto-me, às vezes, o que terei feito nelas? Só me lembro de pequenos apontamentos e quase todos eles os mais violentos. Possivelmente faço uma filtragem no presente para o futro, ficando o passado com as impurezas. Estranho, ou não? Possivelmente, não inverteria o mau para o presente e o bom para o passado. Isso seria ser saudosista. Prefiro olhar para amanhã. Espero que faço sol e não haja greve de metro.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Castigo

Quando não se resiste ao pecado capital que é a gula e se cai na tentação, neste caso particular em formato Glória – um bolo calórica e colesterolmente tremendo – não só se sente o peso do arrependimento que nos mantém aprisionados às crepitantes labaredas do inferno, como recuperamos os gramas e os centímetros perdidos a tanto custo, ou por outras palavras, a custo da canja de galinha.
Por este andar, uma vez que a puta da idade não ajuda em nada, antes pelo contrário, qualquer dia nem os meus belos olhos, que eu hoje narcisicamente admirei tanto, nem as minhas fabulosas mamas me salvam!

E depois?? Depois, não haverá quem me queira levar ao castigo porra! E isso sim, será o verdadeiro martírio.

Os pastéis escondidos na caixa...

Ainda bem que já não chovia no jardim e ainda bem, também, que tinhas contigo o polén. Sabes (?!), aquele que partilhas ali comigo em Belém. E a propósito de Belém, o gosto que deu ver-te comer todos aqueles pastéis. Mais uns passos adiante, num banco de jardim estrategicamente seleccionado, e antes de preparar o teu pólen, sei que ainda querias comer os que se escondiam na caixa. Estes, assustados, receavam a tua boca. Pensei eu que, para um doce, haveria mortes bem mais dolorosas e tristes - sim, que tal morrer com a gula de um badocha de 110 quilos e com a diabetes em estado terminal!? Pelos menos, tu trincas com um ritmo paciente e sempre com expressão de menina-laroca espirituosa.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Vamos jogar?

Após tanto azucrinar a cabeça do meu companheiro de banco de jardim para criarmos o blog, depois de tantos textos a discorrer na minha mente, sempre ocupada, sempre no ar, eis que me deparo com a habitual e indesejável ausência de criatividade e imaginação.
Tenho cá para mim – expressão que apanhei ao ler o novíssimo do MEC – que entro em pânico sempre que me deparo com as situações. Eu sou como aquelas equipas de futebol portuguesas com dificuldade na finalização. Jogo bonito, faço não sei quantas fintas, tropeço nos meus próprios pés para me levantar falaciosamente airosa com um esgar amarelo no semblante desejoso de encontrar um buraco onde se meter – o que no meu caso não é difícil – continuo desalmadamente a correr campo fora como que possuída pelo coelho daquelas pilhas cujo o nome não me apetece divulgar porque ninguém me paga para fazer publicidade, para finalmente quedar-me estarrecida defronte da imponente baliza sem fazer porra de ideia de onde é que deixei a bola.
Podia dizer que esta é a história da minha vida, não fosse o caso de eu não saber jogar futebol.

1,2,3 Experiência

Humm...